Em si mesmo

Em si mesmo, viver é uma arte
E na arte de viver
É, simultaneamente, o homem:
O artista e o objeto de sua arte
Assim como: o escritor e a palavra.
Ronye Márcio

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quinta-feira, agosto 26, 2010

A educação visual como objeto de interpretação na contemporaneidade

A Educação Visual, a Arte e a imagem

A arte visual é uma forma de linguagem que passa uma informação ou uma mensagem tanto quanto qualquer outro meio de comunicação, é por isso que os alunos têm que conhecer a arte como uma experiência de aprendizagem ilimitada, na qual todos, que observam na dimensão onírica, na comunicatividade das formas, dos traços, das cores, das sobreposições das tintas nos induz a criar imagens para que possamos refletir em que o autor estava pensando ou em que mensagem queria nos transmitir.

É importante salientar que os discentes não têm uma educação visual e poucos sabem o que significa ou que importância tem cada forma em uma obra. A princípio todos têm um choque, pois não compreendem o que significa àquele amaranhado de formas na tela, e tão pouco que inferências têm que terem para compreender a mensagem por trás daquela pintura. Assim sem os olhos da reflexão e da crítica o alunado apesar de ver não conseguem enxergar os fenômenos artísticos que servem como base para uma análise reflexiva, e quando eles não têm esse estudo comprometem todo ou qualquer nível de análise para que se possa compreender a leitura imagética da obra.

A dificuldade se encontra também no método em que os professores utilizam juntamente com os recursos didáticos, pois a maioria ainda utiliza os desenhos mimeografados no qual cada aluno pinta como bem quer não tendo uma reflexão sobre o processo de pintura, bem como uma reflexão no processo de evolução na história da Arte.

A princípio o que se deve especular é a eficácia das aulas de Artes, logo após em fazer uma análise nos princípios conceituais, procedimentais e atitudenais no contexto de produção nas aulas de educação artística. Nesse contexto há uma mudança radical que direciona a atenção dos educadores para aulas embasadas em pintar desenhos, ao invés de estudar o processo histórico da arte com suas influências na antropologia, na filosofia, na psicologia e principalmente na cultura. "Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática." (FREIRE, 2008. P. 39) É possível reconhecer o processo literário/artístico usado pelos educadores no âmbito escolar, pois há diferenças biofisiopsicologicas para cada arte e em cada época. E a valorizar assim a pluralidade cultural do indivíduo baseando-se nas diferenças étnicas, de sexo, de crença e de classe social.

O professor que desrespeitar a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legitima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de assinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência. (FREIRE, 2008. p. 59 e 60)

É no processo educativo que o professor usa de meios escusos para romper com a dialogicidade e discrimina de forma mesquinha a produção artística por causa de suas culturas e etnias. No caso do conhecimento artístico quando há um domínio do imaginário, do conhecimento crítico, da crítica da arte, do processo evolutivo e das suas particularidades da história da arte fará com que o professor privilegie sua atuação e é no terreno das imagens que a arte aflora todo seu poder de comunicação.

As formas artísticas apresentam uma síntese subjetiva de significações construídas por meio de imagens poéticas (visuais, sonoras, corporais, ou de conjunto de palavras, como no texto literário ou teatral). Não é um discurso linear sobre objetos, fatos, questões, idéias e sentimentos. A forma artística é antes uma combinação de imagens que são objetos, fatos, questões, idéias e sentimentos, ordenados não pelas leis da lógica objetiva, mas por uma lógica intrínseca ao domínio do imaginário. O artista faz com que dois e dois possam ser cinco, uma árvore possa ser azul, uma tartaruga possa voar. A arte não representa ou reflete a realidade, ela é realidade percebida de um outro ponto de vista.(PCN de Arte, 1997. p. 37)

Outro ponto fundamental é o estudo da linguagem total em que se baseia na análise usufruindo-se da razão, intuição, emoção, criatividade, relações de textura e principalmente a inter e transdisciplinariedade pictórica.

A manifestação artística tem em comum com o conhecimento científico, técnico ou filosófico seu caráter de criação e inovação. Essencialmente, o ato criador, em qualquer dessas formas de conhecimento, estrutura e organiza o mundo, respondendo aos desafios que dele emanam, num constante processo de transformação do homem e da realidade circundante. O produto da ação criadora, a inovação, é resultante do acréscimo de novos elementos estruturais ou da modificação de outros. Regido pela necessidade básica de ordenação, o espírito humano cria, continuamente, sua consciência de existir por meio de manifestações diversas. (PCN de Artes. 1997. p. 32)

A educação pela expressão é feita por meios de apropriação da história relacionada com a sua convivência em que as incertezas da linguagem visual trazem mais gozo do que a facilidade da arte televisiva, que mesmo ainda ludibria o expectador por não saber fazer a integração da educação visual numa área de Educação em que se situa no campo concreto da expressão plástica e do desenho, no entanto a sua escrita visual tem uma linguagem específica das artes plásticas e seus elementos visuais da comunicação adentram no campo da linguagem em que a intencionalidade e a informação são elementos constantes na obra pictórica.

Para que possa ser compreendida, necessita que ocorra antes um processo de alfabetização, um passado importante no sentido da alfabetização do olhar é levar a pessoa a ver a arte. Essa iniciação deve começar em casa, mas é na escola que surge a oportunidade de freqüentar o campo da arte indo a museus e exposições e assistindo a apresentações. Ver é olhar criteriosamente, treinando o olhar e questionando o gosto, "conversando" com o objeto de contemplação, contextualizando-o à época de sua criação e extraindo dele toda plenitude de seu significado. Mais que nunca, a arte representa um excelente exercício de emprego das habilidades do comparar, compreender, descrever, classificar. Cor, luz, forma, linhas, relevos, temas, estilos, tintas são campos progressivos dessa exploração. É evidente que essa alfabetização do olhar necessita de ajuda de especialistas em artes, mas em sua ausência singela humilde dos pais e professores em admitir que, além de seu olhar, existem outros mais expressivos já ensina a anima sua busca. Convidar uma criança a aprender um pouco mais para ensinar os adultos é uma maneira de animar suas pesquisas e brindar sua auto-estima. (ANTUNES, 2001. p. 79 e 80)

Os códigos de comunicação visual exercem uma forte interpretação e compreensão da linguagem imagética na dialogicidade, na qual aperfeiçoa o domínio da inteligência sobre os significados perceptivos, mas pode limitá-los também. E ao reconhecer a importância do código visual como uma publicidade para as diversas entidades como a comercial, social, política, religiosa e familiar, em que pode ampliar de forma holística o esquema de percepção do olhar, em que consiste melhorar através da aprendizagem da capacidade de discriminação.

... a cultura que vai nos ajudar a contextualizar e a globalizar, não apenas em virtude da necessária variedade de conhecimentos, mas também da ginástica mental a que somos levados. Por esse motivo, a falha não está na especialização, mas na hiperespecialização, que se transforma em uma clausura e tolhe a cultura. É preciso religar as duas culturas, a chamada humanista (a literatura, as artes, a filosofia) e a científica. (MORIN, 2003. P. 50)

Assim, a produção e a organização da arte visual exercem uma forte influência no ensino-aprendizagem do cidadão, pois sabemos que em todo âmbito social há uma abordagem seqüencial de imagens que nos induzem, nos intencionam e nos propõem a algo, porque somos alienáveis, e baseando nessa observação é que acredito no aprendizado lúdico nas obras pictóricas e no desenvolvimento cognitivo dos jovens.

É, pois, fundamental que compreendamos o papel de leitor que tais textos nos reservam. E para tal compreensão precisamos contemplar, à luz clara do meio-dia, o retrato de nós mesmos que esses textos apresentam. Em outras palavras: a imagem com que tais textos nos representam corre o risco de afivelar-se ao nosso rosto como máscara, deixando nossa face na sombra. (LAJOLO, 2001. P. 37)

É importante não restringir o uso do imaginário de uma criança, visto que ela tem uma forte relação com a linguagem imagética, em que se traduz em uma relação íntima com o mundo que a cerca, traduzindo suas relações com o mundo imaginário de seu cérebro interferindo, dessa maneira, positivamente no uso de sua linguagem onírica, no qual ela cria um amigo imaginário para se relacionar e aflora a sua imaginação poética frete aos símbolos imagéticos.

Muitas vezes a educação visual é encarada com preocupação por parte dos familiares, pois há censura feita às crianças, já que eles encaram como devaneios dela por ser muito ligada no mundo da imaginação, sendo que essa preocupação jamais deveria existir, visto que representa um ótimo exercício cerebral para a criança, e quando inibe essa educação visual a transforma de forma débil e ineficiente para um parâmetro ideológico, reflexivo e crítico do ser humano.

REFERÊNCIA

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 37 ed. São Paulo: Paz e Terra. 2008.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários a educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2005

ANTUNES, Celso. A teoria das inteligências libertadoras. 3 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

LAJOLO, Mariza. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6 ed. São Paulo: Ática, 2001. (Série: Educação em ação)

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: arte / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/14369/1/A-educacao-visual-como-objeto-de-interpretacao-na-contemporaneidade/pagina1.html#ixzz0xXzZ9ESE

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

O ser humano sempre viveu em grupos que formam as comunidades e as sociedades, mas essa convivência trouxe consigo a necessidade de normas e padrões a serem seguidos para que a ordem e a paz estejam sempre presentes nas relações humanas. Sabemos que no decorrer da história da vida humana em sociedade já houve e ainda há atitudes barbarias, atos contrários a liberdade humana de pensar, agir e viver nos espaços sociais, em que existe opressão e falta de respeito da dignidade humana.

A partir dos pormenores supracitados, ocorreu o surgimento da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que se originou através da Revolução Francesa com o tema: liberdade, igualdade e fraternidade, com o objetivo de atuar na vida do cidadão comum em sociedade, no sentido de que todos tenham a liberdade de ir e vir e direitos iguais a educação, o que se pode aprofundar mais, pois essa liberdade existir no pensar, se expressar, agir, ter consciência, locomoção, se associar, os quais são ações que comprovam que o ser humano é livre, mo que teve como origens:

Em quatro de agosto de 1789, o “regime feudal” foi abolido pela Assembléia, com a eliminação dos direitos senhoriais sobre os camponeses e o fim dos privilégios tributários do clero e da nobreza. O objetivo era acalmar o ânimo dos grupos revolucionários que agiam por toda a frança, massacrando nobres e tomando seus bens. Em várias regiões do país registraram-se casos em que grupos populares condenavam membros da nobreza a diversas formas de castigo: tortura, enforcamento, esquartejamento etc. esses episódios do mês de agosto ficaram conhecidos como Grande Medo. (COTRIM, 2007. p. 294)

Após todos esses episódios ocorreu no dia 26 de agosto a Assembléia Nacional que proclamou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que teve como partes essenciais a serem cumpridas, segundo Cotrim, a liberdade e a igualdade dos cidadãos perante a lei, o direito a propriedade individual, o direito de resistência à opressão política e a liberdade de pensamento e de opinião.

A liberdade que foi tema da Declaração dos Direitos do homem trata da dignidade dos membros da família humana e suas relações com a liberdade de falar, crer, pensar, sentir-se livre de terrores, libertarem-se da miséria e da fome, esse direito é um dos princípios mais importantes que deve ser respeitado em qualquer situação de convivência humana dentro do que rege as leis. No século XIX é que esse ideal veio se consolidar com o final da escravidão, mas sabemos que essa liberdade foi e ainda é limitada ao espaço físico, pois liberdade está, nos dias em que vivemos, relacionada à libertação da miséria das favelas, libertação do analfabetismo e educação de má qualidade em todas as regiões do país, a libertação dos subempregos, libertação da alimentação em que há a falta do que se pede numa cesta básica e a libertação da falta de espaço e moradia digna, dentre outros. Desse modo, a liberdade ainda necessita ser conquistada nos dias atuais.

O segundo princípio colocado na Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão foi relativo à igualdade. A luta é contra as diferenças de tratamento entre um negro e um branco, diferenças entre a classe desfavorecida e a classe dominante, isto é, a luta por igualdades de oportunidades e respeito, sem discriminação entre cor, raça, origem e religião, pois não há nenhuma lei que justifique essas situações de desigualdades, mas esse princípio só veio ganhar mais força na segunda metade do século XX, pois ocorreu de forma lenta e foi se modificando com o passar do tempo, na época da criação estava restrita a igualdade dos cidadãos perante a lei. Hoje vemos a luta em prol de várias desigualdades, como: as diferenças entre o valor que se dá ao homem e a mulher nas sociedades, a luta pelo respeito às opções sexuais das pessoas, luta pela igualdade de condição educacional, e outras lutas mais por igualdades sociais em nossos dias.

A fraternidade está atrelada as relações amigáveis, afetuosas e cordiais que acontecem entre irmãos, no caso, a irmandade é humana e envolve as relações de solidariedade e harmonia entre esta irmandade. O que vemos na Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão é a fraternidade como nivelamento entre seres humanos, em que a posição social deve ser colocada de lado, em que somos uma família humana com componentes de maior ou menor valor social. È possível perceber que a fraternidade sempre precisou existir para regular as relações humanas e hoje é evidente que necessita que ela exista no campo político, empresarial e na vida dos cidadãos em geral.

O que se defende nesse caso é a pessoa humana no coletivo. Vemos a falta da fraternidade quando há destruição de florestas com incêndios criminosos, ao percebermos a falta de segurança no meio social e a convivência das pessoas com o medo, os diferenciais de desenvolvimento dos países e outras situações mais vistas em nossa atualidade. Precisamos lembrar que nesse caso o sucesso vem do coletivo para o particular, pois se todos preservam as florestas cada cidadão do nosso planeta terá uma qualidade de vida melhor e isso só ocorre se cada pessoa fizer a sua parte na contribuição do ambiente que pertence à coletividade.

É possível perceber que na verdade a Declaração dos Direitos Humanos e do Cidadão existe no papel, mas na vida real esta muito difícil de concretizar, pois é fácil no nosso cotidiano vermos autoridades desrespeitando o cidadão comum, pessoas com o salário inferiores ao salário mínimo, crianças trabalhando e fora da escola, jovens que se prostituem , falta de atendimento médico para a classe desfavorecida, falta de moradia, pessoas que não têm o mínimo para se alimentar dentre outras situações de desigualdades sociais, problemas de falta de amor ao próximo e ausência de liberdade para ser, viver e usufruir de vida digna em sociedade.


REFERÊNCIAS:

COTRIM, Gilberto. HISTÓRIA GLOBAL: Brasil e geral. Volume único. 8. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

ALMANAQUE ABRIL: Atualidades Vestibular. São Paulo: Abril, 2007.

Fonte:
 http://www.webartigos.com/articles/19320/1/Declaracao-dos-Direitos-do-Homem-e-do-Cidadao/pagina1.html#ixzz0xXwcz8LW

quarta-feira, agosto 25, 2010

Deus come?

Copyright by Ronye Márcio Cruz de Santana
Feito em 23 a 25 de Agosto de 2010


Num Sábado comum, eu estava preparando o almoço, enquanto a minha esposa estava trabalhando no colégio AGES, aplicando uma avaliação para uma turma da Faculdade. E eu fiquei responsável para cuidar da casa e do almoço. As tarefas eram feitas simultaneamente, coloquei no fogo o arroz, o feijão, os legumes e o macarrão e ia arrumando a casa.

Os meninos estavam na sala assistindo a TV. Eles tinham colocado um documentário para assistir. Maravilha, eles estariam, pelo menos, quietos em algum lugar e daria tempo para concluir tudo sem atrapalhações e sem confusão das crianças ao meu pé-de-ouvido.

O meu filho mais velho, Péricles de 6 anos, tinha colocado um documentário cujo nome era Dragões, ele iniciava contando como era a vida dos dragões no final da pré-história e como eles conseguiram sobreviver até a Idade Média. É um relato feito por pesquisadores de uma Universidade dos Estados Unidos, no qual são incumbidos de estudar as causas da morte de um dragão achado congelado no alto de uma montanha e junto a esse animal corpos de guerreiros que morreram em batalha com esse animal.

Como o meu filho é fascinado por dragões eu não estava preocupado com a zuada (1) , porque ele fica o tempo todo vidrado no vídeo, então dá tempo suficiente para terminar todas as tarefas domésticas e ainda deter-me nos afazeres escolar. Quando acabei a arrumação da casa fui à cozinha ver como estava o almoço.
Todo parecia perfeito só me faltava fazer a salada que era rápido e fácil de fazer.

Quando as horas iam passando o meu filho corre em direção à cozinha e diz:

__ Pai, eu estou com fome! Quero comer alguma coisa! Põe a minha comida, por favor!

__ Tá, todo bem! Agora saia da cozinha que eu coloco a sua comida.

__ Pai, eu quero arroz com feijão e carne somente.

__ Não. Você tem que comer todo que eu colocar no seu prato.

__ Avi (2)! Eu não quero comer os legumes e verduras.

__ Mas vai ter que comer tudo, sim, Senhor!

__ Mas eu não gosto.

__ Não tem que gostar é para te manter saudável e forte, por isso vai ter comer tudo e sem reclamar.

__ Tá bom!

Péricles se dirigiu à sala da televisão e se sentou no sofá e continuou a assistir o seu documentário, enquanto isso eu fui colocar a comida dele.

Nesse meio tempo o Gustavo veio a mim e disse:

__ Pai, eu quero a didita (3) .

__ Tá, meu pequenininho! Papai faz.

Ele me pediu colo e me abraçou. Ao colocá-lo no chão ele saiu correndo para a sala junto do irmão.

Fiquei olhando os meus filhos por alguns segundos e voltei a pôr a comida no prato para o Péricles. Ao terminar de colocar levei-o para ele. Com uma cara de não muito agrado ele recebeu e ficou olhando para as verduras e legumes por alguns minutos, enquanto isso eu voltei para a cozinha para fazer a vitamina do Gustavo.

Separei os ingredientes da vitamina coloquei no liquidificador e liguei, deixei ligado por alguns segundos e coloquei a vitamina no copo e entreguei a Gustavinho.

Sorrindo ele me falou sorridente com o ‘r’ vibrante.

__ Brrrrigado!

__ De nada! Meu Pequenininho.

Beijei-o na testa e saí. Nesse meio tempo Péricles não tinha ao menos tocado na comida por causa dos legumes e verduras. Nesse meio tempo já tinha enchido o copo de Gustavo duas vezes e ele não tinha comido nada.

Depois de 10 minutos ele se volta para mim e diz:

__ Pai, o que Deus come?

Parei por algum tempo refleti bastante, pois fiquei com medo de dizer algo que pudesse fazer com que ele recusasse a comer. Respirei fundo e comecei a falar sobre a natureza.

__ Péricles, está vendo aquela árvore?

Ele se levantou do sofá e ficou olhando para a árvore bem em frente de casa e disse:

__ Sim, pai! Eu estou vendo.

__ Ela está viva?

__ Sim.

__ Você sabe como ele se alimenta?

__ Sim. Ela suga os nutrientes da terra.

__ Mas como ela faz isso?

__ Eu não sei.

__ Olha para mim meu filho. E ouça o que eu vou te dizer. Essa árvore só pode se alimentar se houver água, se caso não chover ela morrerá, porque não tem como ela sugar os sais minerais e as vitaminas da terra se não houver água. Quando chove a água umedece a terra e só aí é que as raízes conseguirão sugar a água e as vitaminas e os sais para se alimentar e conseguir sobreviver.

__ Venha aqui.

Fomos para a árvore e eu lhe mostrei uma lagarta.

__ Que bicho é esse?

__ É uma lagarta.

__ O que ela come?

__ De folhas.

__ Como esse bichinho, há vários outros animais que se alimentam de folhas, de flores, de brotos, de madeira, de raízes e de néctar. São os animais herbívoros. A depender da espécie cada animal se alimente de uma parte da planta para manter as vitaminas necessárias no seu organismo para sobreviver.

__ Que bicho é aquele no telhado daquela casa?

Com um ar irônico e sarcástico ele respondeu:

__ Ah! Pai. É um gato.

__ Sim, mas o que ele come?

__ Ele come ratos, passarinhos, lagartixas, catende (4) ...

__ Igualmente ao gato há várias espécies de animais que só se alimenta de outros animais. São os carnívoros. Para sobreviverem eles têm que matar outros animais para se alimentar que na maioria das vezes são outros animais herbívoros.

Depois dessa preparação sobre alimentação e as diferenças que cada ser tem para se alimentar; só aí é que comecei a falar sobre Deus e como ele se alimenta para sobreviver.

__ Péricles, preste bem atenção no que eu vou te dizer. Deus é Ser Supremo. Ele pode ser qualquer coisa, estar em qualquer lugar, ver o que as pessoas fazem, ouvir o que as pessoas falam, porque Deus é energia, é luz, é poder. Ele não tem forma. É como o vento; você sente, mas não O vê. Você sente em seu coração, mas não O toca. E quando Ele visita o seu coração e percebe que nele tem amor, carinho, fé, solidariedade, respeito... Ele o abençoa. E é daí que vem o alimento de Deus, das coisas boas que as pessoas praticam no seu dia a dia. Para manter Deus vivo temos que manter o amor e o respeito ao próximo.

__ Então, se eu fizer uma coisa ruim Deus sabe?

__ Sim, Ele todo vê, todo sabe, todo pode.

__ Se eu for bom Deu fica forte?

__ Sim, porque Ele se alimenta da nossa fé, do nosso amor que temos por Ele e pelo seu semelhante, que são todas as pessoas do planeta, por isso é que devemos respeitar uns aos outros e amar a todos sem distinção de nada.

__ Como eu te disse Péricles. Cada ser tem uma forma diferente de se alimentas, visto que cada um tem uma necessidade de vitamina e sais minerais deferentes para seu organismo se manter vivo e saudável.

Enquanto eu falava para ele sobre todo isso, ele ficava refletindo sobre todo que eu estava dizendo. Depois de alguns segundos que terminei de falar ele olhou para mim e disse:

__ Tá bem, papai! Eu vou comer tudo: o feijão, o arroz, a carne, a salada e até mesmo os legumes e as verduras, porque eu sei que eu preciso das vitaminas e dos sais minerais que a comida tem.

Depois que ele me falou isso, ele voltou para o sofá pegou o seu prato de comida e começou a comer sem reclamar e satisfeito, pois agora ele estava vendo um sentido para comer todas essas coisas, que antes ele não via sentido em comer tanto alimento sem saber para que serve todo aquilo.

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(1) Vem da Língua Africana que foi altamente difundida nos quilombos que é a flexão no particípio do verbo zuir (u-i) (zuada) v.i. 1. Fazer ruído. 2. Zumbir, zunir. 3. Alvoroço, algazarra, bagunça.
(2) Expressão do nordeste que significa Essa não!, Que coisa, também!
(3) Didita é um termo que o meu filho usa para se referir à vitamina, ele começou a usa desde quando tomava a vitamina na mamadeira.
(4) O nome catende é a variação de Katendi, do africano. Que significa lagartixa ou pequenos lagartos que moram nas frestas das paredes.

domingo, agosto 22, 2010

Análise sintática: definição

Ronye Márcio Cruz de Santana1

A sintaxe é o estudo do aprofundamento e das relações que as palavras se estabelecem entre si nas orações, é uma técnica empregada no estudo da estrutura sintática de uma língua. Ela é útil quando se pretende entender as ligações que as orações da língua estabelecem entre si nos períodos, assim cria-se o discurso. E para compreender precisa-se de dois elementos essenciais descrever e decompor.

Descrever é quando as estruturas sintáticas são possíveis ou aceitáveis na língua; ou decompõem o texto em unidades sintáticas a fim de compreender a maneira pela qual os elementos sintáticos são organizados na sentença.

Ao compreender os vários vocábulos inerentes em uma língua é facilitada pelo procedimento analítico, através do qual se buscam nas sentenças as razões para certos fenômenos detectados nas unidades maiores como, por exemplo, o texto. Dessa forma, a Gramática Normativa sempre se ocupou em decompor algumas unidades estruturais da língua para tornar didática a compreensão de certos fenômenos.

No âmbito da fonologia, tem-se a análise fonológica, em que a estrutura sonora das palavras é decomposta em unidades mínimas do som (os fonemas); em morfologia, tem-se a análise morfológica, da qual se depreendem das palavras as suas unidades mínimas dotadas de significado (os morfemas).

A análise sintática, é um útil instrumento para manusear mais satisfatoriamente as múltiplas possibilidades de que dispõe para combinar palavras e orações, ocupa um lugar de destaque em muitas gramáticas da língua portuguesa, porque grande parte das normas do comunicar-se e do escrever recai sobre a estrutura sintática, isto é, sobre a organização das palavras na sentença. Para compreender o uso dos pronomes relativos, a colocação pronominal, as várias relações de concordância, por exemplo, é importante, antes, promover uma análise adequada da sintaxe apresentada pela sentença em questão. Nenhuma regra de conduta da língua culta tem sentido sem uma análise sintática da sentença que se estuda. Por isso, antes que se aplique qualquer norma gramatical é preciso compreender de que forma os elementos sintáticos estão dispostos naquela sentença especial. Isso se dá porque os elementos sintáticos também não são fixos na língua. Por exemplo: uma palavra pode funcionar como sujeito em uma sentença e, em outra, funcionar como agente da passiva. Somente a análise sintática poderá determinar esse comportamento específico das palavras no contexto da sentença. Há que se ressaltar, a importância do estudo da forma das frases que, se dá, basicamente, nos quadros da sintaxe, podendo ser distribuída por três sub-capítulos: sintaxe de concordância, de subordinação ou regência, e de colocação.

Sendo a análise sintática uma aplicação estritamente voltada para a sentença, parte-se dessa unidade maior para alcançar os seus constituintes - os sintagmas – que, por sua vez, são rotulados através das categorias sintáticas. Como se vê, é um exercício de decomposição da sentença. Veja um exemplo de análise sintática:

A professora quer que você estude antes de brincar.

...[há três orações]

...[1ª oração: A professora quer = oração principal]

...[na 1ª oração: sintagma nominal = A professora; sintagma verbal = quer]

...[sintagma verbal da 1ª oração: formado por um verbo modal]

...[2ª oração: que você estude = oração subordinada objetiva direta]

...[na 2ª oração: sintagma nominal = você; sintagma verbal = estuda]

...[2ª oração: introduzida pelo pronome relativo que]

...[3ª oração: antes de brincar = oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo]

...[sintagma adverbial: locução adverbial de tempo: antes de]

...[sintagma verbal: brincar]

Pode-se compreender através da análise que foi desenvolvida, as várias unidades menores do período, isto é, as três sentenças, e, além disso, identificou-se as funções dos elementos sintáticos presentes em cada oração (tipo de verbo, qualidade do pronome, tipos de sintagmas, tipo de advérbio). A partir desse resultado é possível que a frase se defina pelo seu intuito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num relacionamento linguístico, sendo capaz de transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.

REFERÊNCIA

INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. 3 ed. São Paulo: Scipione, 1995.

MAZZARATTO, Luiz Fernando. CAMARGO, Davi Dias de. SOARES, Ana Maria Herrera. Manual de Redação: guia prático da Língua Portuguesa. São Paulo: DCL (Difusão Cultural do Livro), 2001.

RYAN, Maria Aparecida. Conjugação dos verbos em português: prático e eficiente. 17 ed. São Paulo: Ática, 2006.

TERRA, Ernani. NICOLA, José de (Ass. Ped.). Minigramática. 8 ed., 7° imp. São Paulo: Scipione, 2001.

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Acadêmico do curso de Letra/Literatura Portuguesa da Faculdade AGES.

Ar-vo(u)-re

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 11 de Novembro de 2008
Às 9h. 50min. da noite


Sob a sombra da a-
Chorei e fique sem ar-
Não sei se com ar-vo(u)
Ou fico in árvore
Pela vida
Que em mim
             [acabou.
Ou uma nova etapa
             [começou.
Não sei se enraízo,
Ou outonizo.
Não uma morte,
Mas uma vida latente,
Para superar no primaveril.

APÓLOGO: A Caneta, o Lápis, a Lapiseira e a Borracha

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 12 de Janeiro de 2005
Publicado no Texto Livre

Em um pequeno mundo cheio de contos, lendas, histórias, mitos, narrações, descrições, ficções...

Há um mundo secreto onde contém todas estas histórias e que poucos dão valor a este mundo.

Chamamos-lhe de escola. E lá em uma sala encontramos um armário repleto de cadernos, livros, canetas, lápis, borrachas, apagadores... E neste local ouve-se grande algazarra, pois a Caneta ralhava com o Lápis, o desprezava, o ignorava, só porque ela o considerava fraca, pobre, raquítica e sem vivacidade. E assim passaram-se dias, meses... e em um determinado dia os alunos com euforia e deslumbramento com toda a magia de uma aula; o professor pediu que os alunos pegassem o lápis e fizessem um desenho que representasse a história lida.

A Caneta furiosa ralhava, gritava, agitava-se, porque se considerava tão importante que só ela poderia ser utilizada, no entanto a Borracha e a Lapiseira fitaram-na e disse-lhe:

__ Para coisas tão finas, delicadas só pode ser feita se não por lápis, pois seus traços são rudes, grossos, e ainda não são removíveis.

A Caneta furiosa repele:

__ Porém ele a cada traço se desgasta, desmancha-se em pó. E tu, Lapiseira, és que o aponta, tornando-o afinado, no entanto o consomes e dizes que és amiga. E tu, Borracha, quando estás furiosa com inveja segues os passos dele, porém esqueces que apagas cada trilha que ele percorreu.

Antes que toda esta ladainha continuasse o Caderno bradou:

__ Cala-te!

A Caneta surpresa pergunta:

__ Por quê?!

__ Tu não sabes que cada um tem uma função. A minha não é de ser pisado por vocês, no entanto é em mim que vocês bailam, dançam e ao fim dão forma a uma história, a um conto, a uma atividade e todo isso tem a sua utilidade, tem o seu objetivo de ser e de existir.

Houve um minuto de silêncio e o Caderno voltou a falar:

__ E tu não sabes que não és eterna?

E a Caneta surpresa perguntou:

__ Não?!

__ Não. Olha-te no espelho. Como tu és transparente e tísica, veja a ti mesma que a tua vida está a se esvair a cada traço que tu fazes, a cada letra, a cada palavra, a cada frase,... A tua força, o teu vigor está a ir embora, está a sumir a cada traço, letra, palavra ou frase que tu fazes em mim.

Cabisbaixa e a lacrimejar a Caneta se desculpa pelas grosserias. E o Caderno continua a falar:

__ Lembra que tu humilhaste o Lápis, a Borracha e a Lapiseira.

__ Sim.

__ Eles foram feitos para se ajudarem.

A Caneta curiosa pergunta:

__ Como?!

__ Quando o Lápis está escrevendo ou a desenhar em mim, ele está mostrando a sua cultura e a sua arte de modos simples, no entanto o seu grafite desgasta-se e esta é a função da Lapiseira afinar-lhe os traços e a Borracha...

Antes mesmo de o Caderno começar a falar a caneta o interrompeu aos brados perguntando-lhe:

__ Sim, e a Borracha? Em que esta invejosa realmente ajuda?

__ É tão óbvio minha amiga. Ela só apaga os traços que saíram errados, mau traçados e até mesmo apagar as letras ou palavras que o Lápis grafou erradas, nada mais do que isto. É por isso que cada um existe, todos nós temos que desempenhar uma função na sociedade e respeitá-la, pois por mais insignificante que nos pareça, ela tem a sua utilidade funcional e social. E assim somos uma sociedade, cada qual com o seu trabalho e a sua vida.

Cem ou sem. Quem é quem?

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 11 de Junho de 2004
Paripiranga-BA
Publicado na Webartigos

Maria foi à loja
Com cem Reais à mão;
A outra que sempre forja
Ter sem Reais na mão
Pediu a Maria, irmã...
Que comprasse um sutiã
Este custava um quarto
No qual o experimentou
Em um pequeno quarto
Gostou tanto __ levou-o
Este e mais um sutiã.
Pobre de sua irmã
Que lá só pode olhar
Que tinha cem ou sem
Será que posso levar?
Maria dois levou
A outra nem comprou
Porque só com o sem
Nem pagá-lo, pois tem?
Maria bem precavida
Guardou todo o resto,
Sabe que esta vida
É fácil um sequestro
Mesmo o pouco que tem.
Não é bom abusar
Ladrão quando não tem
Usurpa quem vai labutar.

PEDINDO DE CORAÇÃO

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mas de poesia


Da superfície do mar,
Os meus olhos começavam a brilhar,
Com o canto dos pássaros,
Há um grito, a berrar.
Com os teus olhos,
Há de olhar-me.
Pedindo de coração
Para eu te amar,
E os teus lábios
Implorando para eu te beijar

ESTRELA GUIA

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia



Estrelas celestes,
Estrelas marinhas,
Envia-me
Uma mulher, não.
A mulher,
A sereia,
A princesa,
A rainha.


Ó estrela brilhante
Ilumine meus caminhos
Guie os meus passos
Dê-me um pouco de carinho.

HAICAIS

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 09 de Fevereiro de 2009.
Initium Sapientiae Timor Domini
Publicado em www.webartigos.com


Se com o raiar
Ela não vem me encontrar,
Vou em seu lugar.
Às 5h. 10min.

Quem não tem leitura
É insosso e imaturo;
Não sabe crer, ver.
Às 5h. 18min.

Madruga, põe-se,
O dia a labutar;
Suo sem diversão.
Às 5h. 20min.

Olho, eu, e beijo
Sugo, eu, o mel da boca,
Sacio o desejo.
Às 5h. 24min.

Gabo-me e sou;
Há quem difame, sem ser.
Se quiser ser, seja.
Às 5h. 28min.

Poetizo hoje,
Estudei bastante ontem,
Depois glorioso.
Às 5h. 35min.

Planejo o futuro,
Para ser alguém maduro,
Manter-me seguro.
Às 5h. 38min.

Beija o beija-flor,
Delicado, doce o mel,
Cá e lá, flor em flor.
Às 5h. 42min.

Fire

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 12/11/03
Publiaco na Webartigos

O que alimenta a chama é o gás.
Na fotossíntese __ o oxigênio.
O assassínio, no qual muitos jazem
Dos elementos, só um, o hidrogênio.


Todos pertencentes a um grupo forte,
Os sólidos, líquidos e gasosos.
Todos carbonizados __ até a morte.
Tais combustíveis são mui perigosos.


Usufruindo-nos dessa razão.
Há utilidades da combustão,
Na qual é fundamental para a vida.


No cozido, transportes e na lida,
Não nos esquecendo do prejuízo,
Causando pelo bando sem juízo.

EU VOU PARA NOVA IORQUE

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 21 de Agosto de 1993
Initium Sapientiae Timor Domini
Publicado no Texto Livre

Eu vou para Nova Iorque
Encontrar o meu amor,
Cantar muitas garotas,
Cantar com muito amor.


Eu irei trabalhar,
Realizar os meus sonhos,
Eu sou apenas um garoto
Aprendendo a viver.


Eu vou para Nova Iorque,
Que é um sonho de rapaz,
A levar nas malas,
A esperança que traz.


Todo sonho de rapaz
É ir à Nova Iorque,
É vida de amor,
Amor por Nova Iorque.

O ÂMAGO

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 15 de Agosto de 1996
Publicado no Mar de poesia

Como que por lástima,
Por ações alheias,
Desfez-me em lágrimas
A essas ações que receio,
Que por angústia
Encheu-me o peito,
Que por saudade
Encheu-me os olhos.
As lágrimas que...
Gotejam por saudade,
Do âmago do fel,
Que está em meu peito.

Nosso Planeta

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 20/11/03
Publicado na Webartigo


Cinco camadas sucessivas são formadas
A atmosfera terrestre onde uma das camadas
Mui gases concentrem-se acima ___ superfície
A qual libera oxigênio na planície
Da troposfera há outros componentes no ar
A fumaça, poeira, micróbios ___plainar
Sobre a umidade, vapor d’água e gases.


A estratosfera as nuvens não são capazes...
Também mau tempo não há ___navegam aviões
Mesosfera abaixo de zero grau ___ os balões
O fenômeno de meteorologia
Somente o balão-sonda pesquisar podia.
Feito estrelas cadentes os meteoritos
É a termosfera cheia de íons dizem os peritos
Rompendo o espaço cósmico ao céu
Ilumina aurora boreal como véu
Cosmos, a exosfera é limite final
São todas as camadas da Terra natal.

NOITES SOLITÁRIAS

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 16 de Junho de 1994
Initium Sapientiae Timor Domini
Publicado na Webartigos


Olho-te atentamente
Nos momentos de prazer,
Para que nas noites solitárias,
Eu me lembre de você.


A tocar teu corpo ardente,
A beijar teus seios perfeitos,
A sentir o corpo... A alma
Da mulher, ambos bem feitos.

O vento

Copyright by Ronye Márcio
28/08/03 às 08h55min
Publicado na Webartigos

O Sol, em seu altar tão fulgurante.
Esplendorosos raios da altura
Abrasa a crosta, a cobertura.
A litosfera arde, sua, cante!

Vapores elevados ao céu
Da extrema atmosfera terrestre.
Rarefeito ar, denso como véu,
Despenca ar frio, sobre o pedestre.

Desse movimento se faz brisa,
Torna-se sereno e calmaria.
Abre o peito, e oscila a camisa.

De repente a brisa. Quem diria!
Fez-se em espiral, o ciclone;
Vindo do litoral. Que os destrone!

Ou eu, ou você

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 08 de Novembro de 1994
Às 10h. 40min.
Initium Sapientiae Timor Domini
Publicado no Texto Livre


Sejam os amigos meus,
Que nada nos atrapalhe.
Sejam os afagos;
Sejam os que lhe aparelha;
Felizes sejam mui
Que esta oportunidade
Sejam...

Esse momento feliz
A ambos você recusou
Mas o que você só diz,
Que nunca me amou.
Será que posso confiar
Na pessoa que me amou?

Mas o que se assemelha...
Falta em ti, meu amor, é caráter
Caráter, meu amor, nem todo mundo tem
E todos, meu bem, aconselham-me
Confiável, ela não é,
Não é mulher para ti,
Só para quem a quer!
Ela, confiável, não é!

UM MUNDO MELHOR

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de Poesia



Acreditarei num mundo melhor
Como um paraíso para morar,
Onde os animais vivem em liberdade
Sem caçadores para matá-los.

A JANELA

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado na Webartigos



Abre...
Abre a janela.
Abro bem para ela
Fica aberta,
Mas não passa ninguém
Só passa um Pássaro
Que canta Amém.

PAI PROTETOR

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia

Pai do Céu
Pai da terra
Proteja-me
Do mal da terra

Pai protetor
Pai trabalhador
Pai que sustenta
Sua família
Com muita dor.

ENCANTOS

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 16 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia


Ó moça encantadora
Ó moça que quer encantar,
Ó moça que encantar-me
Venha me amar.

PAI

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia


Pai, você é o meu caminho,
Minha paz, minha razão.
Você é o meu pai,
Pai do meu coração.


Eu só quero um pai
Que me dê carinho e atenção,
Somente aquele
Que me dê proteção.

PERDOA-NOS SENHOR

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 16 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia

Perdoa-nos Senhor?
Perdoa-nos Senhor.
Perdoa e nos dê o Teu amor.
Perdoa-nos Senhor.
Perdoa e nos dê o Teu amor.

Eu irei encontrar
A Paz e o Amor
Aonde o Senhor está
E Te ajudarei amor
E lhe ajudarei
Com a tua benção Senhor.

Irei rezar ao meu Pai do céu
E louvarei o meu irmão.
Eu sou teu filho...
Meu Pai de céu
E louvarei aos meus irmãos.

FLORES

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia


De uma pequena semente
Nasce um broto, uma árvore.
Em seu crescimento
As flores aparecerão.
Com as lágrimas de Deus
Nascem seus botões,
Durante a primavera
As flores perfumarão...

OS GUARDIÕES

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia


Os legítimos guardiões...
Da terra são os leões,
Do mar as baleias,
Do céu as águias,
Do mundo Deus.

SALVE

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 28 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia


O mar que toca na areia,
O rio que corta a terra,
O boto que está sendo extinto
A baleia que morre na areia.

O QUE FAZER PARA MINHA CIDADE SER FELIZ?

SEMANA NACIONAL DA JUVENTUDE
CONCURSO DE REDAÇÃO
Local: Antigo Cine Gloria
Dia 27 de Setembro de 2008, às 19 h.
Publicado no Webartigos


Para que haja felicidade têm que se pensar em alguns princípios básicos como cidadania e ética social, vinculadas a uma política economicamente plausível à realidade local, na qual os representantes sejam responsável pelo planejamento de eventos culturais e festivos, bem como a elaboração, aprovação e aplicabilidade de projetos para a melhoria da sociedade.

O ponto principal para uma plenitude cidadã é o bom andamento das políticas administrativo-econômicas em conformidade com os direitos básicos do cidadão, pois, somente assim, é que a sociedade terá garantido para si o direito de ser feliz, porque toda a sua estrutura social está equilibrada, estruturada nos princípios éticos de uma política salutar.

Os eventos, cultural e festivo, são os entretenimentos para o corpo e para a mente, sendo uma terapia antiestressante, causando-nos euforia e bem-estar.

Sendo assim, para fazer uma cidade feliz precisamos no mínimo de que os nossos direitos sejam cumpridos e respeitados relacionados a uma infra-estrutura gerencial fundamentada na Lei, na Ética e na Competência.

SÓ VOCÊ

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 21 de Agosto de 1993
Publicado no Texto Livre


Sonhei que estava só
Com meu amor
Que tanto quis. (BIS)
Amei uma mulher
Que me deixou
Por alguém,
Só por alguém.


Vivi, na solidão
Do desespero
Do meu coração. (BIS)
Cansei de chorar
Por alguém
Que amei.
Que tanto amei.


Sofri, por amor
Que eu tinha
Por você,
Só por você.
Tentei, não consegui
Esquecer
O meu amor
Que eu sinto por você,
Só por você.


Não amei mais ninguém
A não ser
Só você,
Só você meu bem.

SONHOS ALEGRES

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 13 de Agosto de 1993
Publicado no Mar de poesia

 
Você é o caminho mais lindo
Rumo à fantasia,
Alegrando o meu mundo
De sonhos a alegria.
No qual você é primazia.

Quando bate o meu coração
Sinto uma grande emoção
Quando sinto a magia desse luar
Sinto o meu corpo levitar,
Mas, quando abro os meus olhos
Sinto a alegria pelo ar.

SUBSTANTIVO

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 30 de Maio de 2008
Initium Sapientiae Timor Domini
Publicado em Webartigos



Se você não tiver o que dizer
Fale o que se conhece
E se você não conhecer
Como posso nomeá-lo.

Para ser denominado
Será conhecido pelo feito
Seu estado ou qualidade
Assim somos substantivos

A cada denominação __ Há um ser...
Será que você pode perceber
Se for real, palpável __ Concreto
Se for fictício, imaginário __ Abstrato

Sendo coletivo como conjunto
Recebe outra denominação por tudo
E sendo simples __ Há variação
Ou é próprio ou é comum, então.

UM MUNDO COLORIDO/ A COLORFUL WORLD

UM MUNDO COLORIDO
A COLORFUL WORLD


Copyright by Ronye Márcio
Feito em 10 de Junho de 2003
Publicado no Mar de poesia


O céu é azul/ The sky is blue
O mar é azul ou verde/The sea is blue or green
A floresta é verde/The forest is green
O campo é belo/ The field is beautiful

No céu tem a aurora/ In the sky has the dawn
No mar...a onda/ In the sea… the wave
Na floresta...a vida/ In the forest… the life
No campo...a liberdade/ In the field… the freedom

A aurora é laranja e vermelha/ The dawn is red and orange
A onda é branca/ The wave is white
A vida é colorida/ The life is colored
A liberdade é alegre/ The freedom is glad

No céu azul tem liberdade/ In the blue sky has freedom
Na onda branca...alegria/ In the white wave… joy
Na vida colorida...diversão/ In the colorful life… diversion
Na alegre liberdade, alegria/ In the glad freedom, joy

WHO AM I?

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 18 de Agosto de 1993
Initium Sapientiae Timor Domini
Publicado em Texto Livre



Quem sou eu
Para lhe discriminar?
Quem sou eu
Para lhe censurar?
Quem sou eu?
Que não sou perfeito
E erro tanto quanto você?

Coitado de mim
Se cometer pecados
Ou errar,
Peço a Deus,
Que me perdoe,
Pois pecados sempre os terei.

Quem sou eu
Para censurar seus pecados?
Se eu tenho os meus,
Que no máximo,
Que posso fazer;
É tentar concertá-los.

Quem sou eu?
A não ser um pecador,
Entre os pecadores
No meio dos mortais.

Fundamentos para o Planejamento

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS AGES
DISCIPLINA: PRÁTICA EDUCATIVA IV
PROFª GILZA ANDRADE CRUZ
COLEGIADO DE LETRAS III PERÍODO

Fundamentos para o Planejamento

Ronye Márcio Cruz de Santana

Decorrente a prática de ensino e aprendizagem Anne Marie utiliza pontos fundamentais para uma boa relação de convivência em que Celso Vasconcellos vislumbra a afetividade, no qual a escola privada utiliza-se de métodos fundamentados no PPP (Projeto Político Pedagógico) de modo holístico, fugindo da relação afetiva, não mantendo nenhum vínculo afetivo com os discentes, já a escola pública foge das marcas essenciais da metodologia do trabalho, visto que o Plano, o Projeto e o Projeto Político Pedagógico são meramente formalidades sem nenhum valor político educacional, isto quando, não se quer e mesmo assim, são feitos. A aula é lecionada de forma aleatória e sem funcionalidade prática na vida social de educando.

Com pequenas estratégias, porém de grande significância, Marie mantém uma abertura de colisão na estrutura psicoemocional dos alunos, no qual eles refletem, analisam, criam possibilidades de se colocarem como agentes de transformação social e pessoal.

Para a professora a escola tem que mostrar que a realidade da vida não desvincula da realidade sócio-educacional que Vasconcellos cita Gramsci para embasar suas idéias com os seguintes pontos:
A possibilidade não é a realidade, mas é, também ela, uma realidade: que o homem possa ou não possa fazer determinada coisa, isto tem importância na valorização daquilo que realmente faz. Possibilidade quer dizer ‘liberdade’. A medida da liberdade entra na definição de homem. Que existam as possibilidades objetivas de não se morrer de fome e que, mesmo assim, se morra de fome, é algo importante, ao que parece. Mas a existência das condições objetivas _ ou possibilidades, ou liberdade _ ainda não é suficiente: é necessário ‘conhecê-las’ e saber utilizá-las. Querer utilizá-las. O homem, nesse sentido, é vontade concreta: isto é, aplicação efetiva do querer abstrato ou do impulso vital aos meios concretos que realizam sua vontade. (VASCONCELLOS apud GRAMSCI, p. 52 e 53)

Partindo desse pressuposto e análise de colisão do real; o ser humano torna-se consciente das atitudes, dos atos e das ações que venha a ter no meio social, já que este processo de interesse educacional deve partir do seu real, isto é, da realidade do aluno, para o ideal que é o mundo que está aqui e lá, uma análise holística do mundo globalizado, isto trará o estímulo ao aluno ‘querer’ e ao ‘poder’, sendo assim, empolgará-lo a fazer algo para transformar o seu ser no agir.

Marie, no ponto da gestão sócio-político, ela reporta a ideologia que transmite segurança e cumplicidade, já que a gestão só tem foco se realmente os agentes sociais se dispuserem a analisaras suas necessidades e possibilidades para alcançar melhorias na sua situação sócio-educacional, diante dos problemas existentes. Nisso, Anne com seu Projeto na Escola Marc desenvolveu alguns pontos que o próprio Celso chama de ‘Pressuposto Fundamental de Planejar’, no qual envolve pontos essenciais como: o educador como sujeito de transformação, como o próprio texto indica que “o resultado são jovens que se formam, principalmente, através da socialização com seus pares, isto é, outros adolescentes” [1].
__________
[1] Estudo de caso para uma produção textual. Texto: Análise do caso educacional, SITUAÇÃO 02. Por Anne Marie na Escola Municipal Marc Ferrez

REFERÊNCIA:

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento. In.: Apostila elaborada pela Prof Gilza Andrade Cruz na Faculdade AGES para o semestre 2009.2, para o colegiado de Letras em Prática Educativa IV. s/d.

Apostila “Análise do caso educacional”. SITUAÇÃO 02. Elaborada pela Prof. Gilza Andrade Cruz na Faculdade AGES para o semestre 2009.2, para o colegiado de Letras em Prática Educativa IV. s/d. A apostila foi apresentada no dia 13 de Setembro de 2009.

sábado, agosto 21, 2010

A arte como disciplina transdisciplinar: uma educação cidadã

A arte como disciplina transdisciplinar: uma educação cidadã

Ronye Márcio Cruz de Santana

A proposta transdisciplinar traz oportunidades de várias abordagens do ensino na construção das atitudes condizentes com as necessidades que são rezadas na atualidade social, as atitudes neste processo formador do sujeito devem ser vistas, não como regras impostas, mas antes de tudo, deve ser vista como condições de vida em coletividade com dignidade. Neste espaço de socialização entra as propostas curriculares da educação artística e a arte como forma de desenvolvimento de habilidades requeridas para que se tenha o sujeito competente. O que podemos comprovar através do que se lê em:

O respeito pelo próprio trabalho e pelo dos outros, a organização do espaço, o espírito curioso de investigar possibilidades, a paciência para tentar várias vezes antes de alcançar resultado, o respeito pelas diferenças entre as habilidades de cada aluno, o saber escutar o que os outros dizem numa discussão, a capacidade de concentração para realização dos trabalhos são atitudes necessárias para a criação e apreciação artísticas. É importante que o professor descubra formas de comunicação com os alunos em que ele possa evidenciar a necessidade e a significação dessas atitudes durante o processo de trabalho dos alunos. (P.C.N. – Artes p. 113.)

É de suma importância na realização do trabalho com abordagens da arte, que o educador seja pesquisador de fontes de informação, isto é, materiais que esclareçam a respeito de recursos e técnicas que requerem a concretização do seu projeto. Deve ser um apreciador da arte, pois é uma condição importante para que selecione obras e artistas a ser estudados dentro da temática que deve estar relacionada às necessidades de seu alunado. Esse educador é inovador e criativo, visto que deve organizar a aula e o espaço de acordo com a necessidade do projeto, e acima de tudo é um educador que sabe trabalhar com a equipe da escola. O que diz:

Cabe ao professor escolher os modos e recursos didáticos adequados para apresentar as informações, observando sempre a necessidade de introduzir formas artísticas, porque ensinar arte com arte é o caminho mais eficaz. Em outras palavras, o texto literário, a canção e a imagem trarão mais conhecimentos ao aluno e serão mais eficazes como portadores de informação e sentido. O aluno, em situação de aprendizagem, precisa ser convidado a se exercitar nas práticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar e refletir sobre elas. (P.C.N. de Artes, p. 48.)

Desse modo, a transdisciplinaridede desempenha a transcendência nos processos educativos ao oportunizar o desenvolvimento de conjuntos de habilidades que desencadeiam a formação das competências educativas que norteiam a vida do educando. As habilidades estão nas variedades de propostas apresentadas pelo educador e também nos requisitos essenciais para que se tenha a concretização do que foi almejado quando da construção do planejamento de ensino. Uma educação que privilegia estas prioridades contribui e acrescenta na vida do educando e educador, enquanto gente, enquanto ser humano, enquanto cidadão participante e agente de transformação do espaço social, político e educativo, em que racionalidade e sensibilidade estão em constante diálogo para que se tenha a construção do conhecimento autônomo e holístico. O que se observa em:

Apenas um ensino criador, que favoreça a integração entre a aprendizagem racional e estética dos alunos, poderá contribuir para o exercício conjunto complementar da razão e do sonho, no qual conhecer é também maravilhar-se, divertir-se, brincar com o desconhecido, arriscar hipóteses ousadas, trabalhar duro, esforçar-se e alegrar-se com descobertas. ( P.C.N. – Artes, p.35.)

A arte esta na construção da culturalidade dos povos e não como se falar sobre a arte sem se colocar sobre os aspectos culturais dentro da sociedade, pois há que se dizer que a formação inicial do ser esta rico em detalhes culturais com os traços da sociedade a que pertence e na escola essa cultura vai sendo lapidada e explicada a partir de teorias estudadas, o que vai despertar completar e permitir a construção global do conhecimento do ser pensante, crítico e questionador da realidade que o cerca, este ser que se indaga e que busca resposta para suas inquietações, ser que ousa em construir e reconstruir em seus trajetos, pois vê e concebe a vida de forma transcendente.


REFERÊNCIA

Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte: 1ª a 4ª séries do ensino fundamental. Brasília. Ministério da Educação,1987.

A DIVERSIDADE A COMBATER AS DESIGUALDADE

UFC – REDE/MEC
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada
para o Desenvolvimento das Humanidades



“TRABALHO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO” OU
“RESPEITAR AS DIVERSIDADES E COMBATER AS DESIGUALDADES”

Ronye Márcio Cruz de Santana*


CONTEXTUALIZAÇÃO COM A HISTÓRIA

É essencial que a escola proporcione aos alunos o conhecimento e analise de forma crítica, na qual há uma relação íntima entre a História e o seu mundo contemporâneo, pois desde o início do século XX o mundo vem sofrendo alterações com o domínio do capitalismo desenfreado. Apesar de nosso país ser jovem, enfrentamos, nesse curto espaço de tempo, dominações, escravidão, guerras, batalhas em prol de liberdade e muito mais; todo ser humano cresce e adquire memória e experiência numa sociedade, em que a história é um saber necessário não só para conhecer a evolução das sociedades, mas também para conhecer melhor o homem.

Ao refletir sobre o passado e o futuro da humanidade, o historiador costuma procurar um sentido para os fatos passados, já que o conhecimento do passado pode dar a sensação de se estar diante de uma evolução humana que se desenvolve em busca de um fim.

A realidade histórica parece profundamente racional. Entretanto, só se realiza a partir do esforço dos seres humanos, em função das circunstâncias mais ou menos favoráveis a investigação como método do que uma verdade absoluta.

O futuro apresenta então uma multidão de possibilidades imprevisíveis. Àquele que se interessa pelo presente em relação com o passado, mas também com o futuro, inicia uma reflexão filosófica sobre a história, ao supor que existe um sentido nas mudanças históricas, por estas razões é que temos que alertar os nossos jovens das manipulações e influências da cultura de massa e da ideologia dos meios de comunicação, no qual permeia a vontade capitalista através das artes, do poder, da justiça, da linguagem e da cultura em prol da industrialização, do dinheiro e da economia, a deturpar a sociedade influenciando contra indivíduos que almejam o valor humano, a liberdade política, o direito à expressão da razão, o valor pessoal, o valor profissional, o diálogo e ao respeito.

A educação do jovem é determinada por todo esse complexo orgânico [...]. O estudante mergulha na história, adquire uma intuição historicista do mundo e da vida, que se converte numa segunda natureza, quase numa espontaneidade, porque não foi inculcada pedantemente por uma vontade educativa externa. (ROUANET, 2000:310)

A alienação por meio das artes e da literatura é comentada por Rousseau, quando ele aborda a dominação do capitalismo por intermédio da política a usar toda a sua soberania nos veículos de comunicação para dominação e alienante de toda massa, isto é, o povo. Quando o Estado é conivente com o capitalismo industrial e comercial a permissividade é, ainda mais injusta com os cidadãos. Rousseau no alto de sua sabedoria nos faz refletir sobre a alienação na sua obra Do Contrato Social:

A alienação total ao Estado envolve igualdade ainda noutro sentido, na medida em que a vontade geral não é autoridade externa obedecida pelo indivíduo a despeito de si mesmo, mas corporificação objetiva de sua própria natureza moral. Aceitando a autoridade da vontade geral, o cidadão não só passa a pertencer a um corpo moral coletivo, como adquire liberdade obedecendo a uma lei que prescreve para si mesmo. É por intermédio da lei que ele ultrapassa os limites da vida apetitiva para seguir os ditames da razão e da consciência. A submissão à vontade geral, possuidora de “inflexibilidade que nenhuma força humana pode superar”, conduz a uma liberdade que “resgata o homem do vício” e a uma moralidade que “o eleva até a virtude”. (2004:13)

Assim, quando o Estado e o capitalismo unem-se aos meios de comunicação, a arte como propaganda de uma ideologia dominante, eles transformam a cultura por intermédio da lei em uma moral de uma coletividade para submeter à sociedade a uma razão e consciência que são ditadas pelos capitalistas, submetendo-se a uma vontade coletivamente minoritária em que conduz a sociedade numa liberdade aparente, no entanto, dominadora, opressiva, injusta e desumana. E nesse processo de dominação pela cultura Marx & Engels aborda no Manifesto do Partido Comunista o adestramento da sociedade para fins capitalistas e superserviniência da mesma, a dizer que:

Todas as objeções feitas ao modo comunista de produção e de apropriação dos produtos materiais têm sido feitas igualmente à produção e à apropriação dos produtos intelectuais. Como para o burguês o desaparecimento da propriedade de classe equivale ao fim da própria produção, o fim da cultura de classe é para ele idêntico ao desaparecimento da cultura em geral.
A cultura, cuja perda o burguês tanto lastima, é para a imensa maioria apenas um adestramento para agir como máquina. (2008:62)

Marx endossa no seu manifesto o valor do produto imaterial que é a intelectualidade do ser humano, no entanto deixa evidente a manipulação da sociedade por meio da cultura de massa, extinguindo assim a produção da cultura idêntica e idônea em prol da cultura massificada; ideológica e manipuladora da elite pós-industrial. A dominação da sociedade do século XX sofre sanções do idealismo capitalista de produção por intermédio da lei, cujo interesse perpassa pelos ideais de uma sociedade burguesa e hipócrita, a esse respeito Marx & Engels nos diz:

Vossas próprias idéias são um produto das relações burguesas de produção e de propriedade, assim como vosso direito é apenas a vontade da vossa classe erigida em lei, vontade cujo conteúdo é determinado pelas condições materiais de existência de vossa classe. (2008:62-63)

Na dimensão sócio-filosófica do período pré, entre e pós-guerra, na qual se inicia na metade do século XIX, exibe-se um realismo insolente no qual deflagra a hipocrisia do Regime Militarista; após o advento das tecnologias industriais a sociedade transformou-se num contingente de operários-robôs, no qual passou a trabalhar de forma departamentalizado, e ações e comportamento de forma zumbiúnica. No início do século XX surge o chamado neo-evolucionismo, em que representa a evolução da tecnologia na implantação, aceitação e uso das neo-tecnologias a modificar assim o modo de vida de uma sociedade, a englobar novas ações e comportamentos no sentido da construção de uma nova moral e ética a transformar a cultura num aspecto material e técnico para uma sociedade consumista em favor de uma elite neo-capitalista. As mudanças ocasionadas pela Revolução Industrial ao uso das neo-tecnologias proporcionou um novo modo de pensar e agir nessa nova sociedade pós-industrial, para que possamos compreender um pouco dessa evolução observe o que nos diz o Almanaque Abril de 1995 sobre essas tecnologias:

À invenção do telégrafo seguem-se a do telefone, do rádio e da televisão, e generalizam-se os aparelhos elétricos de uso doméstico. O avião e as bombas voadoras abrem caminho para os foguetes lançadores de satélites e as viagens espaciais. A era da eletricidade e do petróleo dá lugar à da eletrônica e da energia nuclear, que começam a dominar o panorama tecnológico a partir da metade do século XX. A biotecnologia revoluciona a produção de alimentos. (p.753, lado b)

O respeito pelos avanços tecnológicos, que muitos têm, esconde, na realidade a destruição e o desequilíbrio do nosso planeta, a tecnologia é fascinante e contribui para a melhoria para a nossa vida, no entanto estamos pagando um alto preço por ela. Percebe-se que com a complexidade da ciência e da tecnologia atual, seja qual for o campo estudado, tem cada vez mais dificuldades para dar a conhecer os resultados de sua influência manipuladora, já que a imensa maioria da sociedade não tem a formação suficiente para entendê-las. Cada vez mais, o conhecimento real da atividade técnico-científico se distancia da sociedade, a torná-la atecnológica e acientífica, ampliando cada vez mais a sua submissão à elite.

O progresso tecnológico e os meios de comunicação de massa transformaram o mundo, e as transformações pelas artes proporcionaram a reflexão e o aparecimento de diversas correntes e estilos, com isso, surgiram à chamada era dos ismos com movimento Realista/Impressionista (Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Primitivismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo, Surrealismo, Abstracionismo, Expressionismo Abstrato, Concretismo, minimalismo), fazendo com que a sociedade da época tivesse a idéia de que podia produzir a sensação de vitalidade autêntica e real da própria época.

1. A Belle Époque, antes da guerra

A civilização da era industrial, apesar de viver num momento de aparente certeza de estabilidade e paz, gerou um otimismo na população por uma era próspera da civilização burguesa, no entanto escondia o prenúncio de uma crise progressiva na Europa. “As elites européias começaram o século XX num estado de euforia provocado pelas riquezas obtidas nas áreas coloniais e pelos frutos econômicos da Revolução Industrial” (MELANI, 2006:76)

A Belle Époque (1871-1914) representou nesse período uma ilusão e fascinação de progresso que eclodiu nas manifestações artísticas como meio de manipulação ideológica, que os alemães denominam de Ideologische Handhabung. Esse poderio artístico-ideológico contribuiu para a manipulação de Hitler na dominação e alienação dos alemães em favor de sua ideologia dominante para a conquista de alguns territórios da Europa.

A Alemanha nazista, também, descobre como as artes e o cinema podem se transformar em instrumentos de propaganda do regime incitando, ainda mais, a população a lutar e a defender o seu país e o seu ideal de luta. A Alemanha denominou esse período e essa arte ideológica de jugendstil, no qual esse estilo é conhecido na França de Art Nouveau. “A Belle Époque foi marcada por transformações culturais que influenciaram o modo de pensar e viver das pessoas.” (MELANI, 2006:76), todas essas inovações científicas, tecnológicas e artísticas modificaram a percepção da realidade.

2. ‘Avant-garde’ a ilusão militarista

A França é um país que é considerado o centro cultural nas produções artísticas e de lá irradiou um conjunto de tendências inovadoras nas artes, as denominadas vanguardas que em francês é avant-garde. Como o próprio termo se refere a um período militarista, pois, justamente este termo surgiu no meio dos militares com o significado de o que vem na frente. “As vanguardas pretendiam antecipar a arte do futuro, lutar por transformações e promover atitudes que rompiam com as tradições do passado.” (MELANI, 2006:76), desse modo a arte foi posta como testa de ferro para os ideais militaristas da época, a publicar e a produzir meio de comunicação para a influência da massa, em que construísse uma moral e lei manipuláveis ao desejo da elite capitalista. No Almanaque Abril de 1995, há um trecho que esclarece essa renovação por meio da cinematografia em que se baseia nos artifícios de expressão de sentimentos e que nos diz:

Movimento de renovação cinematográfica que se desenvolve entre 1921 e 1931. Os filmes – abstratos e de crítica à sociedade – procuram expressar sentimentos e idéias para além da dimensão narrativa de cinema clássico, através de sugestões criadas por artifícios técnicos de enquadramento, montagem e ritmo. As temáticas se baseiam em fatos comuns, mas livres de qualquer lógica, dentro de um contexto poético. (p. 626, lado b)

Como podemos perceber a arte é voltada para uma lógica desprovida de qualquer contexto, no entanto, o cinema alemão, da década de 20, é voltada para o expressionismo, isto é, reflete o clima de medo e cenários bucólicos do período da I Guerra Mundial, no qual demonstra conflitos interiores e cenário sombrio e degradante.

A disseminação dos ideais alemães foi influenciada pelo discurso nos meios de comunicação, nas artes e principalmente o cinema. Esse expressionismo da avant-garde alemã “reflete esse clima por meio de cenários tortuosos e violentos contrastes de luz e sombra. A realidade deforma-se para poder expressar os conflitos exteriores [...]” (Almanaque Abril, 1995:627, lado a), todo esse cenário de modo onírico e simbólico reluz “as angustias e frustrações do país, derrotado e em crise econômica e social.” (Almanaque Abril, 1995:627, lado a)

3. Guernica

É um quadro do pintor espanhol Pablo Picasso, no qual “revoluciona sua época e expõe uma mescla de desejo e insolência quase hostil.” (Almanaque Abril, 1995:603, lado a). Guernica é uma obra-prima com base no cubismo, essa técnica exprime uma forma e textura de cores com tons de agressividade e imagens perturbadoras, pois exprime uma bilateralidade com a técnica simultaneísta.

Ao observar a obra de Picasso, perceberá que “o rosto das figuras exibe ao mesmo tempo o perfil e a frente – como nas mascaras africanas em que Picasso se inspirou – e o olhar delas ganha poderes hipnóticos.” (Almanaque Abril, 1995:603, lado a)

Por essa insolência e a representação de um bombardeio e o desespere explicito na obra, essa pintura ficou conhecida como símbolo de resistência contra o nazi-facismo. “Apesar da representação contra os opositores e da censura aos meios de comunicação e à arte, inúmeros intelectuais, artistas e militantes de partidos da esquerda nos deixaram registros de sua crítica ao nazi-facismo.” (MELANI, 2006:114), a obra representa a imagem da morte e do desespero do ataque dos alemães contra o vilarejo de Guernica, cidade situada na Espanha, em abril de 1937, o Comandante Luftwaffe marchou com sua força aérea alemã, com intuito de testas a eficiência da sua aviação de guerra, e, consequentemente apoiar os fascistas espanhóis na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), já que os seguidores do general Franco compactuavam dos mesmos ideais de Hitler, com esse bombardeio a Guernica, que ocorreu em abril de 1937, antecipou a Segunda Guerra Mundial.

4. Influências de Hitler e Mussolini

Para compreender um pouco sobre a ideologia nazista, reportar-me-ei a novembro de 1923, em uma das principais cidades da Alemanha, Munique; ao tentar dar o golpe de Estado e proclamar-se chefe de governo, no entanto fracassou, sendo preso por alguns anos, e na prisão escreveu a sua principal obra na qual influenciaria uma sociedade, mudando o rumo da História, e a vida de milhares de pessoas que sofreram com o horror da guerra.

Mein Kampf (Minha luta) que intitula a obra tornou-se a doutrina nazista, pois retrata a história filosófica de Hitler e sua pretensão para o futuro e para a história da Alemanha, a esse propósito Melani relata que:

Em Mein Kampf, Hitler expôs as idéias racistas do racismo, a defesa da expansão territorial alemã e a necessidade de se criar um Estado totalitário para realizar as mudanças que fariam da Alemanha uma grande potência. (2006:110)

Ao publicar esta obra e lançá-la no mercado, Hitler não só usa a retórica, mas, também, a poética, e como tal exprime a arte de falar, a utilizá-la como ideologia para a sua superserviniência e controle das massas, pensando nisso Antunes escreve em seu livro A Teoria das Inteligências Libertadoras, o falar poético com autoridade a estimular a massa com ideologias cativantes.

O falar poético, a mensagem que acaricia pela escolha das palavras, a frase que marca pela harmonia de seu som, constituem, segundo se pensa, propriedade dos poetas, algo inacessível ao mortal comum. [...] e que podem dizer de forma preciosa o banal e emoldurar de beleza suas falas diárias, mesmo as mais simples, [...] (2000:37)

Enquanto estava preso, a retórica hitleriana foi desenvolvida por meio da atenção e do treinamento do discurso, assim ele desenvolveu uma postura e o jeito de se pronunciar com perspicácia e expressar-se na dimensão do entusiasmo de modo simples e frio; e, sobretudo menos carregado de informação, não cansando, assim, o ouvinte.

Quando refiro ao discurso frio me reporto ao sentido que Blikstein utilizou em sua obra Técnicas de comunicação escrita, ao dizer que ao “enviar mensagens ‘frias’, que não exigem grande esforço e atraem o leitor” (2006:66), faz com que o ouvinte tenha uma plenitude de seus sentimentos e compreensão no discurso proferido, assim se houver uma unidade no discurso e harmonioso fará com que todo e qualquer ouvinte se contagie com a ideologia que lhe foi proferida.

A fase preliminar para a busca de atingir o seu objetivo e a solução da sua problemática era a elucidação da busca de suas ideais para formar a sua ideologia de sua obra Mein Kampf, passando a se dedicar à leitura, já que é nela que encontra “o pensamento que orienta o escritor, bem assim os propósitos que o levaram a fazer o livro,” (BOAVENTURA, 2003:13) com isso aborda os principais temas que para ele era de suma importância. Em relação com o poder da palavra proferida e sua ideologia Boaventura cita Cícero, na sua obra Como ordenas as idéias, dizendo o seguinte:

O exórdio deve sempre ser cuidadoso, engenhoso, alimentado de pensamentos, ornado de expressões justas, sobretudo bem apropriado à causa. É o exórdio que dá uma idéia do resto do discurso e lhe serve de recomendação; é preciso pois que ele encante logo e ganhe os ouvintes. (2003:11)

A responsabilidade do setor educacional, enquanto instituição social que tem como um de seus papéis a transformação da realidade social, é a de promover formas de abordagens metodológicas que primordiem o conhecimento por meio de propostas que coloquem o educando no campo da ação, dessa forma há possibilidade de análises de problemáticas que estão no cotidiano mundial, o qual faz parte do presente problematizado socialmente. Desse modo, educador e educando desenvolvem habilidades na geração de competências necessárias no exercício da cidadania contemporânea.

Apesar de tudo, podemos ainda reabilitar-nos se pudermos contribuir, pela reflexão ou pela ação, para uma certa correção de rumos. Por exemplo, podemos lutar para que as humanidades venham a assumir o papel que lhes cabe no sistema brasileiro de ensino. (ROUANET, 2000:308)

A escola e o educador comprometidos com a ética sócio-ambiental vão contribuir através de projetos que aliados aos agentes internos e externos (diretores, pais, professores, funcionários de apoio, alunos e sociedade), encontram relações em seus currículos e na comunidade, a respeito dos princípios éticos e para tratar essa vertente das diversas possibilidades históricas, tecnológicas, científicas, lingüísticas, sociais e humanas que visam o desenvolvimento da autonomia moral. Nesse sentido, devemos considerar que a ética planetária envolve a compreensão da mundialização, a qual primordia o desenvolvimento educacional a partir de temas, em que haja relações do homem com o ambiente. Por exemplo, o que pode trazer abordagens sobre os cuidados com os ecossistemas que pertencem à coletividade com sustentabilidade.



REFERÊNCIA

Almanaque Abril. Vol. 1. 21° Ed., São Paulo: Editora Abril S. A. 1995.

BLIKSTEIN, Isidoro. Técnicas de comunicação escrita. 22° Ed., São Paulo: Ática, 2006. (Série Princípios)

BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as idéias. 8° ed., São Paulo: Ática, 2003. (Série Princípios)

MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. NASSETTI, Pietro (trad.) Manifesto do partido comunista. 2 ed. São Paulo: Martin Claret, 2008.

MELANI, Maria Raquel Apolinário (Eda Respons.). PROJETO ARARIBÁ: História 9°. São Paulo: Moderna, 2006.

NOVA, Sebastião Vila. Introdução à sociologia. 6 ed., 3 reimpr., São Paulo: Atlas, 2006.

ROUANET, Sérgio Paulo. As razões do iluminismo. São Paulo: Schwarcz Ltda, 2000. Apostila apresentada pelo UFC – REDE/MEC Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada para o Desenvolvimento das Humanidades, em 23 de Outubro de 2009.