Em si mesmo

Em si mesmo, viver é uma arte
E na arte de viver
É, simultaneamente, o homem:
O artista e o objeto de sua arte
Assim como: o escritor e a palavra.
Ronye Márcio

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domingo, setembro 26, 2010

A borboleta

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 16 a 26 de Setembro de 2010

O dia amanheceu magnífico, o sol estava brilhando com aqueles raios aquecedores e envolventes que parecia que estava te abraçando e te afagando e fazia a pele se arrepiar do frescor dos raios no corpo.

Fechei os olhos e respirei fundo para sentir o frescor do ar e a sensação agradável da atmosfera que estava em meu redor. O ar tinha o aroma suave das flores silvestres que dava a sensação acolhedora do campo.

Em pé, em frente de casa de olhos fechados estava sentido a emoção de estar no campo verde, num dia ensolarado e esplêndido para se curtir a natureza; o vento marotamente brincando com as folhas das árvores e com os meus cabelos deixando-os arrepiados e embaraçados, no entanto a emoção de sentir a natureza tão viva, tão irradiante e tão marota como uma criança descobrindo uma nova emoção de estar eu um lugar onde nunca esteve, ou a sensação de estrear um novo brinquedo, ou então aquela euforia ou vivacidade de poder correr livre para qualquer lugar sem se preocupar com nada, só em se divertir.

De olhos ainda fechados contemplando a natureza no meu corpo dava para ouvir os pássaros cantarolando hinos de amor e felicidade a Deus e a natureza agradecendo a dádiva de serem livres e felizes nesse momento primaveril. O canto era harmônico e maravilhoso parecendo um coral com seus tons agudos e graves que acalentava a alma e o corpo transportando-os para um ambiente de total paz e amor.

Em frente de casa tinha uma cerca verde e totalmente coberta de flores silvestres, quando observei melhor a cerca estava coberta de borboletas voando de uma flor para outra sugando os seus néctares para se alimentar e manter o equilíbrio da natureza.

Elas bailavam no ar como se fossem bailarinas movimentando-se para cima e para baixo nas ondas do vento, como se fosse a música que embalava as bailarinas nos seus saltos e rodopios magistrais. Lembrando aquelas crianças faceiras e apimentadas que não conseguem ficar em lugar algum, nem que seja por dois minutos de repouso.

Nesse momento de repouso e descontração senti uns puxões na barra da minha camisa, quando abri os olhos era o meu filho com aqueles olhos pidões e ávido de informação era a famosa fase dos por quês... Eu já não agüentava mais explicar tantas coisas para o meu filho, era tanta pergunta que me deixava ébrio, parecia mais uma barata tonta preste a ser massacrada ou dando sopa para um predador.

A sensação era horrível e desconfortante, contudo era gratificante ver aqueles olhos brilhantes querendo saber de tudo,e quanto mais eu explicava mais ele perguntava, eram dúvidas infinitas e pertinentes para qualquer um.

A primeira pergunta que ele me fez foi:

__ Pai, como nasce uma borboleta?

Imagine você nesse momento de contemplação natural e espiritual e ter que parar para responder uma pergunta científica dessa. É somente sendo pai para passar por isso!

Olhei para o meu Grandão, pois é assim que eu o chamo. Peguei-o no colo e levei-o para a cerca natural, aproximamo-nos das flores e das borboletas e lá comecei a explicar o processo pela qual passa a lagarta até chegar a ser uma bela borboleta.

__ Péricles, para nascer uma borboleta, primeiro tem que nascer a lagarta.

Ele com aquela carinha de incrédulo franziu a testa e meio irritado me explicou o seguinte e me perguntou:

__ Mas a lagarta é um animal e a borboleta é outro animal. Eles não se misturam, papai! A borboleta voa e a lagarta não voa. Mas como um faz nascer a outra?

__ Meu filho, a lagarta é um ser metamórfica...

Antes mesmo de terminar a explicação ele me questiona outra vez.

__ Mas o que é metamórfica?

__ Metamórfica vem da palavra metamorfose que significa mudança de forma, isto é, é quando um animal tem uma profunda mudança de forma e aparência que ocorre de uma fase da vida para a outra, como é o caso da lagarta, do mosquito, do sapo e etc.

__ Pai, não entendi?

Como a explicação era muito abstrata para a cabeça do meu filho, tive que recorrer para os documentários que ele tinha, que era o filme Microcosmos, que justamente falava dos insetos e dentre estes tinha um capítulo sobre as borboletas.

À medida que o documentário ia passando, eu explicava mais detalhado para ele para que pudesse compreender melhor o processo de mudança e transformação desse pequeno animal.

A película iniciava com a lagarta saindo do ovo. Ele ficou maravilhado com a eclosão e a fome voraz que tinha ao nascer. Péricles ficou impressionado quando ele viu a lagarta comendo o próprio ovo, a curiosidade foi tanta que quis saber por que ele comia a casca do ovo.

Tive que explicar que as lagartas se alimentam das cascas porque tem muito nutriente e ia alimentá-la até conseguir chegar a uma folha para saciar a sua fome.

__ Então, pai! A lagarta tem fome?

__ Sim, todo ser vivo precisa se alimentar para poder continuar a própria espécie. Ela tem que nascer, crescer, namorar, que dizemos acasalar para os animais, pôr os ovos, que serão seus futuros filhotes, envelhecer e morre.

Nas imagens ele percebeu que a lagarta come muito e que ela pode destruir uma plantação. Percebeu que ela era uma prega para a lavoura e que causaria muitos prejuízos para os agricultores.

Depois que ela comeu bastante, a lagarta se dirigiu para uma árvore que tinha um galho seguro e começou a tecer o seu casulo para entrar no seu processo de metamorfose.

Após ter terminado o casulo os dias e as noites foram passando. A textura e a coloração do casulo foram mudando, até que a magia da natureza se concretiza, ela rompe o casulo e cada vez mais a força para sair; a estrutura do casulo se fortificou durante o passar dos dias para protegê-la do clima, por essa razão é que ela se debate muito para sair.

A borboleta, também, gostou todas as suas forças para fazer o processo de metamorfose, daí a dificuldade para romper casulo. À medida que ela forçava saía mais um pouco, isso era necessário para esticar e fortalecer as suas asas, sem esse processo ela perde os movimentos delas e se torna uma presa fácil. Quando ela consegue sair do casulo ela passa um tempo esticando-as e se aquecendo para levantar o vôo para se acasalar e pôr seus ovos e fechar esse ciclo de sobrevivência.

Esse tempo todo Péricles estava com os olhos fixos na televisão, encantado com o show da vida e cada cena era determinante para ele compreender que a lagarta se transformava na borboleta e que ela era responsável para a existência das lagartas.

Quando ele compreendeu essa dinâmica, todo extasiado saiu correndo para frente de casa e ficou contemplando as borboletas voando por todos os lados, de flor em flor, de um canto para o outro, subindo e descendo como um balé em harmonia.

Nesse momento o vizinho da frente olha para o Péricles e curioso pergunta:

__ O que você está fazendo, Péricles?

__ Eu estou olhando as borboletas se alimentando do néctar das flores. Tenório, você sabia que a borboleta faz nascer à lagarta e que a lagarta vira a borboleta?

__ É mesmo?

Desse momento em diante não ouvi mais ele contando a história da lagarta e da borboleta, mas o que soube foi que ele foi muito elogiado por Seu Tenório pela inteligência e o domínio que ele tinha sobre os assuntos dos animais.

Bem até o momento o sonho dele é ser veterinário, pelo menos ele está percorrendo o caminho certo.

sábado, setembro 25, 2010

UMA LUTA PELA IGUALDADE

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 13 de Maio de 1996
Ás 11h15min.

Ao sem-terra

Essa manhã resplandecente,
Metafórica em sua natureza,
Transformadora de sonhos,
Manhãs que nunca se acabam, eternas.
Cheios de vida,
De magias, mistérios...
Um mundo onírico, fantástico.
Prematuramente devastado,
Sonhos cerrados,
Florestas devastadas,
Vidas dizimadas,
Homens esfacelados
Por injúrias, pobreza.
Povo desterrado de sua terra natal
Brutalmente chacinado
Corpos de encontro à terra,
Almas de encontro ao céu
Vidas dissipadas dos corpos
Pelos animais da própria espécie,
Covardes!
Lei não tem,
Nem dinheiro no mundo,
Que assegure
Ou vale mais que uma vida.
Aqueles sonhos dissipados,
Covardemente destruídos
Acabaram sendo esquecidos
No espaço, no tempo.
Encoberto por medo, por perdas,
Mas lutadores por um trabalho digno,
Por direito a uma vida melhor.
Enquanto houver sonhos
De Liberdade e Igualdade,
Haverá lutas, derrotas e perdas
Por parte dos lutadores de sonhos,
Haverá corpos ao chão ensanguentados,
Haverá sonhos dizimados.
E a impunidade dos assassinos
De sonhos alheios, ladrões,
Que se resume num mundo de opressões
Numa vida bizarra dos oprimidos,
Sem vida e sem condição.

O TEMPO

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 13 a 14 de Maio de 1996 às 8h. 05min.
Initium Sapientiae Timor Domini



O tempo não é algo passageiro,
Ele passa, percebido ou despercebido,
Já viu coisas crescerem, morrerem,
Viu guerras, mortes, fome, pobreza...

Há algo que o tempo não cure?
A dor de uma perda,
A saudade de um amor,
Um sonho que ficou,

O tempo é de se pensar,
Se não tem tempo para o hoje,
Será que há tempo para o amanhã?
Isso com certeza ninguém sabe.

Só não se sabe se há tempo para você.
O tempo sempre existirá,
Mas, você só existirá num determinado tempo,
São lembranças que se vão,

Que se perdeu no tempo, no passado,
Às vezes reencontradas, além do seu presente,
Mais distante que o seu futuro,
São coisas que só o tempo pode explicar,
Algo que ninguém sabe e nem saberá.

MENINOS DE RUA

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 17 de Agosto de 1993
Initium Sapientiae Timor Domini


Nas favelas e nas ruas
Morrem crianças,
Que moram nas ruas.
Morrem de fome,
Ou assassinadas
Na rodoviária
Ou, também na Candelária.

Na frente da Igreja
Ou nos pés do altar,
Morrem tantas crianças,
Que dá vergonha de falar.

Falar da pobreza,
Tão somente da fome,
Mas da “nobreza”,
Que deixa as crianças com fome.

Crianças de rua
Famintas por ações – solução.
Sabe que a vida é difícil,
Por ela malquista
Racista,
Malvista.

Que grande nação,
Nação de crianças,
Crianças famintas,
Famintas por diversão,
Pois, ainda, são crianças,
Crianças no parque do mundo,
Sonhando com o parque de diversão.

Ó Senhor! Dê-nos
Um mundo mais justo,
Dê-lhe o pão
E consciência aos imputos.

Estória de uma avó

Copyright by Ronye Márcio.
Feito em 30/08/03 às 09h30min

Regozijo pueril
Onde transpira a infância
Nasce toda a inocência
Yes, I love you, do juvenil
És isento de malícia.

Maroto em peraltices,
Azedume nas brincadeiras.
Resmungava altas tolices.
Cantiga, história fagueiras.
Ilusões de tais crendices,
Ostentava em meninice.

Carinho pela cultura;
Rodeado de fartura;
Uma avó cheia de história;
Zoada, lenda, oratória,

Do mito a fatos reais,
Estórias bem culturais

São passadas pela Anciã
A mais nova geração __ dita sã
Nessas rodas à fogueira
Toda Vida do local,
A esses Anjos tão matreiros...
Nossa crença brasileira.
A educá-los em moral.

DOCES LEMBRANÇAS

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 05 de Agosto de 1996


Quem será? Quem me ama?
Neste mundo de angústias
Que as chamas me afanam,
Que nem seu rosto me envolve,
Que nem em meus sonhos eu te vejo,
Que não consigo esquecer seus doces beijos,
Que a sua lembrança não me cansa,
Que não se esqueça da nossa herança.

Durante a minha vida...
... foi bom em te conhecer,
Que as minhas doces lembranças
Não consigo esquecê-las.
Em que se fez em sonhos,
O meu amor por te,
E que, hoje, eu as guardo
Em meu seio,
O desejo de te ver.

DESPREZADA MATEMÁTICA

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 10 de janeiro de 1998
Initium Sapientiae Timor Domini

Sou descriminada
E, às vezes, não sei o por quê?
Sou direita e sou correta
E, mesmo assim, vivo a sofrer.
Dou conta do que devo,
Somo com toda a atenção,
Pago tudo direitinho
E, mesmo assim, me chamam de LADRA.
Eu pertenço a uma sociedade
Que costuma enrolar,
Por isso, nem todos me entendem
E quem me entende
É difícil de encontrar.
Não sou egoísta,
Nem pelas desigualdades,
Mas tive que aprender a viver
Em uma sociedade paternalista.
Se eu divido e subtraio as amizades,
Não é com qualquer um que quero conviver,
Se sou correta como sou,
DIREITOS eu devo ter,
Mas sou lesada nos meus direitos
Por ser honesta com vocês.
Para a sociedade os meus dons eu presto,
Faço conta direitinho

E, mesmo assim, ainda não presto,
Só, por causa de “alguns coitadinhos”
Que não tem visão do que é certo,
Por isso, se para os outros
Eu somar ou multiplicar
Sou “santa” e eu “presto”!!
Mas como não concordo com que vejo,
Eu divido e subtraio,
No seu conjunto de mentiras eu não caio;
Na escola eu tento conscientizar,
Explico tudo tão devagarzinho
E os alunos só querem bagunçar,
Se peço silêncio porque sei
Que estudar é direito de todos
E os que me ouvem
Dizem que não entendeu.
Já estou farta de ninguém me entender,
Se a sociedade tem uma mente tacanha,
Se sou complexa de compreender,
Se veem maldade critico. É crítico,
Por isso sou discriminada,
Não sou coitada, GRAMÁTICA;
Sou a desrespeitada MATEMÁTICA.

DESCOBRINDO O AMOR

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 21 de Agosto de 1993
Initium Sapientiae Timor Domini

Sonhei, esta noite, contigo;
Você estava em meus braços,
Sorridente falou-me:
__ Eu quero você só para mim.
A envolver-me em seus braços,
Seguido por um beijo.
Senti meu sangue ferver.
O meu coração palpitar.
Os meus joelhos tremerem;
Não sei o que senti
Amor, ilusão, se foi, não sei;
Beijei-a de novo
Só para senti-la junto a mim,
Você estava loucamente envolvente,
Seduziu-me,
Deixou-me carente,
Sei, agora, o que sinto,
Não é uma compulsão, ilusão,
Muito menos uma paixão...
É amor.
Um amor fortíssimo,
De uma força exuberante,
Que foi penetrando no meu ser,
Dominando todos os meus pensamentos,
Fazendo que eu só pensasse em ti.
Eu, hoje, não vivo sem ti
E, sem não conseguirei viver,
Pois somos o elo de dois seres
Que se funde em um.

Arraia

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 06 de Janeiro de 1996
Boracéia – SP

Ó arraia de cores mil,
Que dá vida e novas cores,
És tu __ arraia de anil
Que és mais bela do que as flores

Ó arraia que belo bailar o teu,
Que os Anjos do céu a solta,
Que a tua calda parece um véu,
Que os ventos do Sul sopram-na.

Ó arraia feita de bambu
Que desliza suave pelos céus
Com tua cor verde e azul
Com a tua calda cor de anil

De onde vem esta arraia?
Que os anjos, pelo céu, soltam-na
Será que vem do céu ou da terra?
Será que vem do Sul ou do Norte?

Ó arraia clandestina
Que o Anjo do Céu __ solta-a
Será um anjo __ Cristina
Ou é a Arraia que volta.

Albatroz

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 06 de Janeiro de 1996
Boracéia – SP
ronyemarcio@hotmail.com

Albatroz que asas grandes _ Tu tens!
Que belo vôo rasante!
Que desvenda estes céus _ distantes,
Que mergulha neste mar também.

Ó ave peregrina dos céus.
Diga-me de onde vem,
Será que é uma ave de rapina,
Ou vem da terra do meu Bem.

Ó ave que belo céu você povoa,
Que vai de encontro ao mar,
Leve os meus sonhos, pois voa...
A quem está a esperar-me.

Ó ave que belo vôo rasante!
Nesse mar delirante,
Dessas espumas flamejantes,
Que faz lembrar-me de amar.

Ó ave que belo bailar o seu!
Nesse céu de anil
Que levou os sonhos meus
Por este vasto mar do meu Brasil.

ACREDITE

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 31 de Maio de 1996
À 01h. 27min. da madrugada
Sexta-feira

Sou livre,
Mas em meus sonhos me flagelo,
Sou sonhador...
Sem um destino para seguir
Mas em minhas lágrimas cristalizaram
O meu triste sonho,
Que há de por vir.
Quem me cala?
Sei que Podes me ouvir.
Se eu choro,
Sei que Estas aqui.
Acordo,
Cresce uma esperança dentro de mim.

Viva o seu dia, o hoje,
Pois, amanhã você não pode estar aqui.
Faça com que vale a pena,
Porque amanhã, talvez...
Você não tenha tempo
De se arrepender.
Acredite no seu sonho,
Vale a pena você viver seu sonho,
Acredite realmente em ti.

A FORÇA DO NORDESTINO

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 27 de Agosto de 1993

Somos povo de tão pouco estudo
Mas com grande sabedoria.
Somos povo de tão pouca nobreza
Mas quão grande é a sua hospitalidade.
Só pessoas que nada sabia
Que vive em tão grande pobreza
Que corre atrás de um trabalho
Para não morrer de fome.
Somos povo com poucos recursos
Que trabalha com dignidade o orgulho.
Somos povo do Nordeste
Que quase tudo aguenta.
Eu trabalho dia a dia
Para o sustento da minha família.
Quando a terra não dá frutos,
O jeito é fugirmos dela,
Vamos para a cidade
Para tentar construir nossa vida nela.

A ERA DO IMPERIALISMO E O AVANÇO TECNOLÓGICO A MANIPULAR A SOCIEDADE COM SUAS IDEOLOGIAS ATRAVÉS DA CULTURA DE MASSA

ÓRGÃO RESPONSÁVEL:

Escola Municipal Antônio Bráulio de Carvalho

CONTEXTUALIZAÇÃO:

É de fundamental importância que a escola proporcione aos alunos o conhecimento e analise de forma crítica a relação intrínseca entre a História e o seu mundo contemporâneo, pois desde o início do século XIX o mundo vem sofrendo com o domínio do imperialismo, e a nossa sociedade não seria diferente. Já que o nosso país é capitalista, temos que alertar os nossos jovens das manipulações e influências da cultura de massa e da ideologia dos meios de comunicação.

O poder político é apenas uma expressão do poder na sociedade. Não é todo o poder. Além da forma ratificada e legitimada de poder pelo Estado, que é o poder político, muitas outras expressões de poder se manifestam em todos os níveis das relações sociais. Onde quer que exista desigualdade de statos, tende haver alguma forma de manifestação de poder. (NOVA; 2006. p. 127)

No âmbito internacional a ideologia dominante vem dos países potencialmente desenvolvidos como: EUA, Portugal, França, Alemanha, Espanha e etc. Essa dominação é ocasionada pelo bem de consumo tornando a população consumista, influenciada pela ideologia dos empresários através dos meios de comunicação e da cultura de massa. A concentração de capital nas mãos de poucos sempre fez parte da História da humanidade e ela tem que ser estudada desde a implementação, o processo - que não é novo – e perpassa a atualidade. A industrialização reafirmou o oligopólio das grandes potências que se desenvolveu em diversos países da Europa, consequentemente iniciou-se o monopólio e capitalismo financeiro; a esse propósito Marx e Engels comenta:

Na sociedade burguesa, o trabalho vivo é apenas um meio para aumentar o trabalho acumulado. Na sociedade comunista, o trabalho acumulado é apenas um meio para ampliar, enriquecer, promover o processo de vida do operário.
Portanto, na sociedade burguesa o passado domina o presente, na sociedade comunista o presente domina o passado. Na sociedade burguesa, o capital é independente e pessoal, enquanto o indivíduo ativo é dependente e impessoal.
E a burguesia chama a supressão dessa situação de supressão da personalidade e da liberdade!(2000, p.61)

Com a presente palestra quero mostrar aos alunos o poder de manipulação que a mídia, as músicas, as propagandas, os programas de rádio influenciam a opinião pública manipulando-a em favor do mercantilismo; o resultado foi o aumento da capacidade produtiva das indústrias e o aprimoramento das formas de dominação de uma sociedade, ”porque se trata realmente da supressão da personalidade, da independência e da liberdade do [povo brasileiro]1”(MARX E ENGELS: 2000, p.61)

OBJETIVO GERAL DO SEMINÁRIO

Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos, a abordar os desafios de um país periférico como o Brasil, a abranger uma abertura política a levar em consideração a forma específica de desenvolvimento capitalista e o estágio da constituição da classe trabalhadora.
__________
1. Grifo meu.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Construir uma identidade ética em relação ao posicionamento do ideal de direito;
• Despertar a curiosidade sobre a política igualitária e social;
• Compreender-se como ser individual a viver em coletividade;
• Perceber as mudanças a as influências do poder político e do capitalismo no processo histórico da humanidade;
• Observar os meios de manipulação utilizada pelo capitalismo em cada momento histórico;

PÚBLICO ALVO

Alunos do Ensino Fundamental [8° e 9° ano] da Escola Municipal Antônio Bráulio de Carvalho

CONVIDADOS

1. Alunos do estabelecimento de ensino do 8° e do 9° ano;
2. Prof° Osvaldo Matos Santana (Professor convidado do 9° ano);
3. Prof° Tomaz Antonio Araújo (Palestrante);

CRONOGRAMA

Sessão Temática

14h:40min - APRESENTAÇÃO: A Revolução Industrial
14h:50min - A Era do Imperialismo
15h:00min - O Avanço Tecnológico
15h:10min - Manipulação da Sociedade Operária
15h:20min - A Ideologia Capitalista
15h:30min - A Cultura de Massa

METODOLOGIA A SER APLICADA NO SEMINÁRIO

A opção metodológica buscará garantir o envolvimento e a participação de todos/as envolvidos na construção do material, desde o princípio à preparação dos discursos sobre a Revolução Industrial e o efeito que proporcionou a evolução da humanidade de um modo geral. A optar pela metodologia da educação participativa, tendo como referência elementos para a elaboração do projeto a partir do conteúdo lecionado, ou seja, a questão da discussão sobre as mudanças histórico-sócio-político-ideológico da Revolução Industrial a atualidade.

REFERÊNCIA

LIVRO BASE

MELANI, Maria Raquel Apolinário (Eda Respons.). PROJETO ARARIBÁ: História 8°. São Paulo: Moderna, 2006.

LIVROS OU MATERIAL DE APOIO

ARAÚJO, Thomaz Antonio. A Revolução Industrial. (Poesia). s/d. [ ver anexo ]
DANTAS, Pedro. América Latina: democracia representativa versus democracia participativa. Conhecimento Prático Geografia da Escala Editorial. São Paulo: (27): 36-41, 2009.
MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. NASSETTI, Pietro (trad.) Manifesto do partido comunista. 2 ed. São Paulo: Martin Claret, 2008.
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à sociologia. 6 ed., 3 reimpr., São Paulo: Atlas, 2006.

sexta-feira, setembro 17, 2010

MÃE

Copyright by Ronye Márcio
Feito em 08 de Maio de 1994
Às 11h. 46min da manhã

Mãe é aquela de sentimentos puros,
        é que aquece os nossos corações,
        é de sentimentos verdadeiros,
        é que une os nossos laços,
        é que ilumina os nossos passos.


Mãe é de todos os dias,
        é de todas as horas,
        é de todos nós,
        é de todos que choram.


Mãe é aquela que beija e abraça,
        é aquela que nos defende com raça,
        é aquela que Deus iluminou,
        é aquela que nos alimentou.


Mãe, você sabe o que quero
        que você seja feliz
        que sorria para todos com...
        o mais puro sentimento de mãe.


Mãe do sentimento mais puro,
        do conhecimento futuro,
        do sofrimento passado,
        você marcou os nossos corações
        de puros e verdadeiros sentimentos,
        que é o amor de mãe.